terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Portal do Semiárido fará mapeamento do Nordeste

Posted by Emílio Moreno

Depois do portal InvestNordeste, os jornalista Luiz Carlos de Carvalho, Ana Cristina Cavalcante e Roberto Maciel preparam mais uma investida na internet. Em abril, eles lançam o Portal do Semiárido, iniciativa com o apoio institucional do Banco do Nordeste, por meio do Escritório Técnico de Estudos do Nordeste (Etene).
A intenção é fazer no Nordeste o que a TV Globo faz com o Portal Amazônia com mapeamento, notícias, rede social de todas as ONGs que tratam de meio ambiente na região, são mais 500. Segundo Luiz Carlos um convênio de cooperação foi firmado com a Associação Caatinga para consultoria técnico-ambiental na área.
O projeto está sendo desenvolvido pela agência Código Digital.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Procura-se engenheiro

06/02/10

Engenheiros são profissionais que, depois dos administradores de empresas, ocupam o maior número de altos cargos executivos nas corporações, segundo mostram diversas pesquisas.
Eles estão não só nas fábricas, nas usinas, nas siderúrgicas, nos canteiros de obras, mas também em áreas diversas como administração, finanças e contabilidade, marketing, vendas, recursos humanos, comunicação, gestão ambiental, entre outras, concorrendo com profissionais de formações mais específica.

Além disso, o mercado para engenheiros têm se expandido, seja pelo crescimento da economia, seja pelo surgimento de novas demandas da sociedade que exigem as habilidades de quem tem formação mais técnica.

Por tudo isso, especialistas acreditam que o Brasil deverá acelerar a formação de engenheiros para atender às demandas do crescimento econômico.

A preferência por engenheiros em áreas tão diversas resulta de sua formação profissional. Em primeiro lugar, ingressar em uma boa faculdade de engenharia e conseguir formar-se bacharel cinco anos mais tarde são comprovações de inteligência avançada e disciplina mental quantitativa.

Logo, esses profissionais aprendem a lidar com planejamento e projetos e como colocá-los em prática de forma mais prática, racional e econômica.

Para isso, desenvolvem a capacidade de raciocinar e resolver problemas de forma lógica, estruturada e organizada. Desde a universidade, familiarizam-se com planilhas e cronogramas físicos e financeiros, habituam-se a usar números para fundamentar suas ideias e conclusões e para medir e avaliar os resultados, tarefas que entediam outros profissionais, principalmente aqueles que se dedicam à criação, mas que são imprescindíveis na empresa moderna.

Outra qualidade que faz do engenheiro um profissional polivalente é o gosto pela criação de modelos e a elaboração de cenários objetivos, o que favorece sua colocação no mercado financeiro ou na área financeira de empresas.

Até há pouco tempo engenheiros predominavam no board de uma das mais importantes instituições financeiras do país. Um engenheiro de boa formação também tem uma visão holística dos processos e do próprio negócio, uma das aptidões mais valorizadas no mercado.

Não é de se estranhar, portanto, que esses profissionais estejam presentes no topo de instituições financeiras, nas indústrias e nas empresas de prestação de serviços. Engenheiros de produção, por exemplo, pela capacidade de atuar na organização, controle e aumento da eficiência e qualidade dos processos, podem trabalhar tanto nas linhas de montagem das indústrias, como no planejamento de empresas de serviços.

Também está no DNA do engenheiro exigir a comprovação, no mundo físico ou no universo dos números, de que a coisa, apesar de todo o planejamento, vá de fato funcionar.
Costuma-se dizer que idealistas, poetas e visionários são inspirados pelos deuses para conceber produtos revolucionários e maravilhosos, mas deixam aos engenheiros a tarefa de torná-los realidade e fazê-los funcionar.
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Marcelo Mariaca é presidente da Mariaca e professor de MBA da Brazilian Business School

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Museus

Painel do Leitor Folha de S. Paulo
5 de fevereiro de 2010

"A reportagem "Situação de museus de arte no país é deplorável" (Ilustrada, 14/1) dá voz a uma pessoa que transmite aos leitores opinião preconceituosa sobre os museólogos brasileiros.

O senhor Paulo Sérgio Duarte demonstrou desconhecer totalmente qualquer assunto sobre museologia. Isso, porém, não lhe dá o direito de nos ofender, como fez ao parodiar a frase do general prussiano Carl von Clausewitz: "Os museus são importantes demais para ficar nas mãos de museólogos".

A quem ele sugere entregar a responsabilidade dos acervos do museu? Aos curadores? Aos críticos de arte? Aos apadrinhados? O correto seria ele dizer: "Os museus brasileiros são tão importantes que deveriam contar com mais museólogos".

Existem hoje no Brasil quase 3.000 museus, que empregam diretamente mais de 30 mil profissionais, das mais diversas áreas: arte-educadores, restauradores, historiadores, arquitetos e outros. Desses profissionais, calcula-se que os museólogos não cheguem a 800, situação essa que está prestes a mudar com a abertura de novos cursos de graduação.

O que levou o referido cidadão a citar o jargão acima? Foi a falta de conhecimento, julgando que todos os que trabalham nos museus são museólogos?"

MARIA OLÍMPIA DUTZMANN , museóloga, presidente do Conselho Federal de Museologia (São Paulo, SP)

Pobrezas

Tendências /Debates
MARCIO POCHMANN

O Brasil requer inovadores métodos de combate às diferentes formas de pobreza, sobretudo na desigual repartição da renda

"Miséria é miséria em qualquer canto/ Riquezas são diferentes" ("Miséria", Titãs)

ASSIM COMO as sociedades se transformam, as condições de produção e reprodução da pobreza alteram-se com o passar do tempo.

Ainda no século 19, por exemplo, David Ricardo e Thomas Malthus difundiram a percepção acerca do processo de naturalização da pobreza por identificar que a reprodução humana ocorria em ritmo superior à capacidade econômica de produzir alimentos e renda para todos.

Os críticos da concepção da pobreza natural, como Alexis de Tocqueville e Karl Marx, explicitaram que os pobres não resultavam do maior aumento populacional em relação à produção, mas da incapacidade de o capitalismo redistribuir adequadamente o excedente econômico gerado. A riqueza crescia simultaneamente à elevação ou manutenção de enormes contingentes de pobres nas economias mais avançadas.

No final do século 19, pesquisadores como Benjamin Rowntree e Charles Booth avançaram em métodos científicos originais para medir a pobreza, que passou a ser identificada por critérios de insuficiência de renda necessária ao padrão de vida.

A pobreza extrema (severa) explicitaria o mero acesso ao consumo mínimo correspondente à sobrevivência, enquanto a pobreza absoluta indicaria o acesso necessário ao consumo básico para a reprodução humana. O prévio estabelecimento de uma cesta de necessidades mínimas ou básicas a ser atendida mensalmente corresponderia ao custo monetário de aquisição no mercado de bens e serviços.

Diante das condições gerais de insuficiência de renda para o acesso ao padrão de vida mínimo ou básico, que permitia identificar e dimensionar as diferentes manifestações da pobreza, houve o desenvolvimento de um conjunto de políticas públicas de oferta de bens (alimentos, terras, empregos) e serviços (educação, saúde, assistência social) e, ainda, das transferências diretas de renda para o enfrentamento do sofrimento humano.

O avanço das políticas públicas de caráter distributivo permitiu, em consequência, reduzir e até superar a pobreza extrema, quando não a absoluta, mesmo sem contemplar medidas contra a concentração da renda e riqueza. Só com o aparecimento das políticas redistributivas é que se tornou possível combater, de fato, a má repartição do excedente econômico.

Até então, o Estado compunha o fundo público por meio de impostos, taxas e contribuições para repassá-los, posteriormente, à sociedade na forma de serviços, bens e transferência direta de renda, sem considerar o desigual ônus arrecadatório sobre os distintos segmentos sociais. Se os pobres pagam mais tributos proporcionalmente à renda que os ricos, as políticas distributivas podem reduzir a pobreza sem, contudo, diminuir decisivamente a concentração da renda e da riqueza.

Por conta disso, a antiga medida de pobreza assentada no conceito de insuficiência de renda para atender determinado padrão de consumo mínimo ou básico passou a ser substituída pela medida de pobreza relativa.Ou seja, a pobreza que considera as condições de vida alcançada pelos ricos (concentração da renda), não somente o limite mínimo da sobrevivência ou da reprodução humana.

Foi nesse contexto que as políticas públicas distributivas (saúde, educação, transferência direta de renda) foram combinadas com as políticas redistributivas, o que tornou o sistema tributário comprometido com a justiça social. A progressão tributária sobre a distribuição da renda, acompanhada por políticas distributivas, possibilitou combater efetivamente as diferentes formas de pobreza.

Essa é a fase em que o Brasil se encontra atualmente, e precisa urgentemente avançar. Em 2008, o país registrou 28% da população na condição de pobreza absoluta e 10,5% na pobreza extrema. Para o ano de 2016, as projeções do Ipea indicam a superação da pobreza extrema e apenas 4% da população na pobreza absoluta.

Como em 2008 a pobreza relativa alcançou 54% dos brasileiros (quase duas vezes mais que o contingente medido pela pobreza absoluta e 5,1 vezes a pobreza extrema), percebe-se que o rumo brasileiro certo requer, ainda, inovadores métodos de combate às diferentes formas de pobreza, sobretudo na desigual repartição da renda e da riqueza.

MARCIO POCHMANN, 47, economista, é presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp. Foi secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo (gestão Marta Suplicy).

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Contratação de executivos aumentará neste ano, com destaque para o Nordeste

02 de fevereiro de 2010 às 00:07
Por Equipe InfoMoney - InfoMoney


Apesar de 2009 ter sido afetado pela crise, o que trouxe o temor do desemprego para diversos setores da economia, neste ano, o cenário será mais positivo para os executivos, principalmente na região Nordeste do País.

De acordo com o consultor e sócio da Search Consultoria em Recursos Humanos, Luís Marcondes, os setores que mais contratarão profissionais, na região, serão o Comércio e a Construção Civil. "O desenvolvimento acelerado da região, que tem atraído grandes volumes de investimento, reflete diretamente na procura por executivos", afirmou o consultor.

Entretanto, para Marcondes, esse cenário positivo deixa mais claro quais são as carências do mercado de trabalho local, como a falta de profissionais qualificados. "Para suprir a demanada, seria necessário formar mais profissionais, pois faltam executivos, sobretudo na Bahia, em áreas como Mineração, Agroindústria, Indústria em geral e Saúde", disse Marcondes.

BrasilNo País, segundo o sócio da Search Consultoria em Recurso Humanos, Marcelo Braga, os segmentos de Infraestrutura, Bens de Consumo, Óleo & Gás, Financeiro e Mercado de Capitais devem contratar mais executivos. "A expectativa é de que as contratações de executivos retomem os níveis pré-crise, quando o mercado vivia seu melhor momento", afirmou Braga.

No setor financeiro, "as oportunidades de carreira devem surgir em áreas como desenvolvimento de novos produtos, comercial e Finanças Corporativas, abrangendo desde instituições de pequeno porte até grandes. As corretoras também desempenharão um papel importante no cenário de novas contratações", segundo disse Braga.

De acordo com ele, as oportunidades do setor de Bens de Consumo serão influenciadas pelo crescimento da economia, do nível de emprego e pela ampliação do acesso ao crédito. Em 2010, ano de Eleição, é provável que aumente a injeção de dinheiro na economia, em razão do aumento de salário mínimo, do seguro-desemprego, entre outros.

Investimentos"O setor de Infraestrutura de fato chegou ao limite. Para suportar o crescimento econômico esperado, são fundamentais investimentos significativos, como inclusive já vem sendo anunciado. Além disso, os eventos esportivos internacionais, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, catalisam essas iniciativas", explicou Braga.

Os maiores investimentos devem ser direcionados para rodovias, portos, ferrovias, aeroportos e estádios. O mercado imobiliário também deverá apresentar um forte crescimento, tanto para baixa renda como para alta renda, com destaque para empresas de fundos imobiliários. O mesmo deve ocorrer com o segmento de Óleo e Gás, em razão da descoberta do petróleo na camada pré-sal.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Bacharelado interdisciplinar de ciência e tecnologia da USP é curso mais procurado pelos estudantes que fizeram o Enem

Publicação: 01/02/2010 - Correio Braziliense
Em três dias de inscrições, cerca de 335 mil alunos do ensino médio fizeram sua inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que substitui o vestibular em 51 instituições de ensino superior do país. O balanço foi divulgado às 19h de ontem pelo Ministério da Educação (MEC). O curso com o maior número absoluto de inscrições, segundo o balanço, é o bacharelado interdisciplinar de ciência e tecnologia da Universidade de São Paulo (USP), que atraiu 8.769 estudantes. Em segundo lugar está o curso de medicina da Universidade Federal de Pelotas, com 4.238 inscritos.
Entre os cursos mais procurados estão os de medicina e direito. Foram 3.535 inscrições para o curso de medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A procura pelos cursos de medicina se repetiu na federal do Amazonas (3.093), na Rural do Rio de Janeiro (3.047) e do Vale do São Francisco (2.991), na Federal do Mato Grosso (2.126). Direito foi a opção de 2.390 estudantes na Unirio, e de 2.173 na Universidade Federal do Maranhão. O curso de administração também teve grande procura na Universidade Rural do Rio de Janeiro, com 2574 inscritos.
O aluno precisa entrar no sistema para concorrer às 47.913 vagas em universidades públicas e instituições de ensino profissional. Há apenas mais três dias para escolher um curso. O prazo termina às 23h59 de quarta-feira. A antecedência nas inscrições é um dos critérios de desempate caso dois candidatos tenham desempenhos iguais.
Nos dois primeiros dias de funcionamento (sexta e sábado), o sistema apresentou problemas como lentidão e dificuldades para concluir a inscrição. O MEC informou que, depois de apresentar defeito, um equipamento da rede interna do ministério foi substituído e o serviço ontem teria funcionado normalmente e com capacidade para receber 200 mil inscrições por dia.
Três etapas
Os candidatos terão três etapas para concorrer. A primeira começou na sexta e vai até quarta. A cada dia, o estudante vai saber qual a nota de corte do curso que escolheu. Somente na quarta o sistema gera a lista de alunos escolhidos e as instituições se encarregam de fazer sua seleção. Em 15 de fevereiro, o MEC reabre nova seleção, da mesma forma, com as vagas remanescentes.
Essa nova etapa continua até o dia 20, quando será gerada uma nova lista de selecionados. Uma terceira etapa semelhante está prevista entre os dias 1º e 3 de março, com resultado no dia 5.Na semana passada, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Joaquim Soares Neto, explicou como funciona o sistema. As inscrições podem ser feitas pelo site www.mec.gov.br.O número335 milAlunos do ensino médio que fizeram sua inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) até as 19h de ontem